Passava pouco das dez horas, quando eu e a Matilde saímos de minha casa em direcção à paragem de autocarros que nos levaria até casa do Simão.
A Matilde usava um vestido cor-de-rosa claro que fazia uma saia rodada, com pormenores em branco, e levava uma bolsa branca com um pequena flor da mesma cor do vestido.
Já eu envergava uma sai branca rodada com rosas vermelhas que me revestia um terço das minhas pernas, um top preto, e um pequeno casaco branco; e levava uma bolsa de ‘pele’ da mesma cor do cinto.
E ambas levávamos uns belos sapatos de salto alto, os meus eram pretos e os dela brancos.
Passava pouco das dez e meia quando tocámos à campainha do apartamento do Simão, pouco depois ele abriu-nos a porta com uma cerveja na mão.
Simão - Boa noite donzelas.
Alice – Boa noite Simão.
Entrei e cumprimentei-o, atrás de mim, Matilde fez o mesmo.
Matilde – Boa noite.
S – Então e as outras?
A – Elas não puderam vir.
S – E não foram as únicas.
No sofá, estava o Gustavo também com uma cerveja na mão, e com a televisão ligada, onde estava a dar uma série policial.
Gustavo – Boa noite meninas.
M – Boa noite Gustavo.
A – Boa noite. (Sorri) Os outros?
A Matilde já se tinha instalado no longo sofá em frente da televisão, ao lado do Gustavo, enquanto eu tinha ficado um pouco para trás com o Simão.
S – Pois, eles também não vêm.
Sentei-me no outro sofá e chamei o Gustavo. É hoje Matilde Dinis, é hoje! (pensei). O Simão foi-se sentar ao lado da Matilde e começaram a conversar.
Eram quase onze e meia quando saímos do apartamento. O Simão e a Matilde ainda não se tinham largado, agora iam pouco mais à frente, a conversar animadamente. Para trás tinha ficado eu e o Gustavo.
G – Sexta vais ver o torneio não é?
A – Qual torneio?
G – De cartas – disse ironicamente - O que é que tu achas?
O Gustavo sorriu, um sorriso nervoso.
A – Talvez…
Entrámos no carro. A Matilde e o Simão à frente e nós atrás. Eu já sabia que ia, até porque o Simão também lá ia estar, e era capaz de apostar que a Matilde ia arranjar uma forma de lá ir parar.